Atendimento WhatsApp
Killware

Killware

Imagine os sistemas de um hospital totalmente travados por um ataque criminoso, colocando em risco a vida dos pacientes. Agora imagine uma usina petrolífera com seus sistemas de segurança sendo desligados, caldeiras a ponto de explodir e outros perigos iminentes. Por fim, imagine a empresa de distribuição de águas de uma cidade aumentando a quantidade de soda cáustica tornando envenenada a água que chega na casa das pessoas.

Infelizmente, não é preciso mais imaginar. Esses ataques aconteceram nos EUA no início deste ano e, caso tivessem sido bem-sucedidos, teriam causado a morte de várias pessoas. Em comum, a intenção dos criminosos, que não queriam ganhos financeiros, mas causar danos físicos. Esse tipo de ataque, cada vez mais comum e com tendência de se intensificar, tem um nome: killware, o ataque assassino, quando o objetivo é matar!

Para o instituto Gartner, as perspectivas não são nada boas. Eles avaliam que aproximadamente até 2025, os cibercriminosos já estarão capacitados fortemente para invasões de sistemas ciberfísicos, ou seja, máquinas controladas digitalmente, a ponto de tirar a vida de pessoas.

Ao falar do ataque à estação de águas acontecido em fevereiro de 2021, o Secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, afirmou ao jornal USA TODAY o seguinte: “A tentativa de hackear a estação de tratamento demonstrou os graves riscos que a atividade cibernética maliciosa representa para a saúde e segurança pública”. E mais: “os ataques estão aumentando em frequência e gravidade, e a segurança cibernética deve ser uma prioridade para todos nós”.

Para Mayorkas e outras autoridades, a invasão do Oldsmar é a ponta de um iceberg, pois mostra que os criminosos estão cada vez mais focados em atacar bases críticas da infraestrutura dos países, isso passando de hospitais a bancos, instalações de polícia e meios e transporte, com o objetivo de causar danos físicos, chegando mesmo a matar pessoas.